quinta-feira, 23 de julho de 2009
É tão engraçada esta cidade...
Acreditem que "em Abrantes tudo como dantes" não é bem verdade. E não o é, pela simples razão que "em Abrantes tudo pior que dantes".
Não é preciso muito para se constatar isto, basta tão só navegar pelos blogs dos candidatos à autarquia para nos apercebermos. Nem o nome escolhido revela qualquer vontade de modificar, de transformar, porque os próprios candidatos não conhecem nem querem conhecer a cidade , o concelho, que se propõem governar. Ele é o Acordar Abrantes, o Amar Abrantes, os Independentes pelo Concelho, o nome da candidata, o Pico do Zezere, enfim, uma probreza franciscana.
Evidente que não vou analisar os blogs, as pessoas tem o direito de escrever e defender as suas ideias. Contudo não resisto a perguntar à CDU se não tem uma foto do seu candidato para colocar no blog e porque é que os 6 primeiros candidatos à Câmara Municipal são independentes.Não precisam dizer que a CDU é uma coligação do Partido Comunista Português e do Partido dos Verdes e como tal os independentes são sempre bem vindos. Cada qual interpreta como quer ...
Naveguei também pelo site da CDU, mas não encontrei nenhuma notícia sobre a apresentação da candidatura abrantina. Se calhar, Abrantes já não consta do mapa.
http://www.cdu.pt/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1&limit=14&limitstart=84
segunda-feira, 13 de julho de 2009
É por estas e por outras....
Porque que me revejo, no texto do António Colaço, pedindo-lhe licença, aqui o deixo.
O cubo- Divulgar entre os subscritores e amigos texto do António Colaço
A ânimo está em condiçoes de avançar com a informação de que o pedregulho de Abrantes, não obstante toda a celeridade que foi pedida para o projecto ( eleições oblige!!! ), não obstante o estudo prévio já ter merecido aprovação por parte do IGESPAR, nada está ainda decidido em definitivo.
Ou seja, está nas mãos dos abrantinos, naturais e amigos de Abrantes, exigir toda a informação, a informação de tudo o que verdadeiramente está em causa, para que o processo, a sua decisão final possa contar com a nossa esclarecida opinião.
Tanto quanto é possível adiantar, há dúvidas junto do licenciamento final do processo, sobre as “implicações de ordem arqueológica“, ou seja as fundações da dita torre!!! Ou seja, “o conceito” está aprovado, quer dizer, o pedregulho em si, o único impedimento são as “implicações arqueológicas”, quer dizer, os esqueletos, o legado dos nossos antepassados!!!
Pois bem, é em nome do respeito pelo património que nos legaram exactamente os nossos antepassados que faz sentido esta luta! Segundo os defensores do projecto, para além do nome de Carrilho da Graça – outra vez o deslumbramento com os nomes!!! ( por ex. adoro a obra de José Guimarães mas acho um autêntico mamarracho a sua escultura gigantesca na Av Infante D.Henrique , ali para as bandas da Expo!!!Mas, claro, é de José Guimarães….) – o projecto é importante para afirmar Abrantes, bla, bla!!! Mas… qual Abrantes? A Abrantes desfigurada? Quase que apetece dizer quando nos argumentam que no passado também construíam castelos, então, façam favor, destruam o Castelo, e, se quiserem, destruam a cidade toda! Que chatice a Igreja de S.Vicente, destruam-na! Que chatice as muralhas, ficava ali tão bem um torre-outra, do Carrilho da Graça, se quiserem, destruam-nas…
Abrantes dá mau jeito?
Destruam-na, arrasem-na, estejam à vontade! Carrilhôôôô, pst, pst!!! faz favor, avance!!!
A caricatura é uma arma, sim, mas os atestados que em nome dos desafios do futuro nos querem passar só merece mesmo que a usemos.
É assim, ou damos de mão beijada que, hoje, no Convento de S.Domingos, amanhã no meio da Barão da Batalha, os construtores de cidades caixotes avancem ou, então, não poderemos deixar de exigir, confrontar, os seus defensores com a ideia de cidades acolhedoras que queremos que Abrantes continue a ser!
Por que não experimenta o senhor arquitecto Carrilho da Graça desafiar-se a si próprio e conceber para o mesmo lugar um outro projecto? Ninguém põe em causa o valiosíssimo espólio que queremos ver salvaguardado, o que questionamos é que a pretexto de o salvaguardar percamos esse espólio outro que é o belíssimo património visual de Abrantes, mau grado a meia dúzia de aberrações que foram consentidas!
Só há uma solução: DEBATER! DEBATER ANTES DE DECIDIR!
CONTRA OS CALENDÁRIOS ELEITORAIS A FAVOR DOS NOSSOS VALORES PATRIMONIAIS!
PS – A ânimo, o seu animador de serviço, declara, para todos os efeitos que recusa terminantemente qualquer aproveitamento eleitoral politico-partidário desta sua tomada de posição feita em nome de uma cidadania que se quer livre, ILUMINADA (convocamos a nesga de luminoso sol, assim como quem ainda vai a tempo!!!).
Reconstruir Abrantes nos termos em que defendem os autores desta proposta configura profunda alteração da sua matriz genética . O atentado que se prepara ou é sancionado, referendado pela vontade da maioria ou configurará a confiscação de cidadania a todos os que gostamos muito da “fresca” Abrantes, aquela e não outra que ” logra do Tejo as águas abundantes”, no dizer do nosso querido Luiz Vaz!! Não nos atirem pedregulhos, perdão, areia, para os olhos!
Queremos continuar a ver o Tejo e tudo à volta!!!!
Assine a petição!
antónio colaço
domingo, 5 de julho de 2009
Tão amigos que nós eramos...
Charters de Almeida
D. João Charters de Almeida e Silva -Charters de Almeida- 4º Conde da Bahía, nasce em Lisboa em 1935.
Escultor português com obra de renome, termina com distinção o Curso Superior de Escultura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto., em 1962, com a classificação de 20/20 valores.
Está representado em Museus, Fundações e Colecções Particulares em Portugal e noutros países da Europa, U.S.A., Brasil, Canadá e Japão.Tem trabalhos de grande escala em espaços públicos em Portugal, Bélgica, U.S.A. e China.
"Procuro dizer o mais que posso com o menos possível de elementos".Charters de Almeida
O Aquapolis recebeu, no primeiro de Março, a apresentação da obra esculptórica de João Charters de Almeida “Cidade Imaginária: Portas e Passagens”., inaugurada a 14 de Junho de 2009, Abrantes entrou assim no circuito das Cidades Imaginárias que significam a conquista do rio pela Cidade.
Jorge Lacão, presidente da Assembleia Municipal, afirmou que " a arte e as manifestações artísticas fazem a humanidade evoluir"
sábado, 4 de julho de 2009
Assim vai o planeta
Os acontecimentos sucedem-se em catadupa.
O mundo não para até porque a terra gira constantemente não só sobre si mesma, mas também à volta do astro rei.
Por isso mesmo, os aviões caiem, os símbolos internacionais morrem, os ministros perdem a noção da realidade , demitem-se ou melhor são demitidos, rapidamente substítuidos em directo, e o mito das remodelações governamentais caí. Mal vai este País, quando não se respeita o principal orgão de soberania, porque o respeito pelas pessoas há muito que se perdeu.
Mas o Mundo continua a girar... embora da Minha Janela, eu veja as águas do Tejo, onde se reflecte a Cidade Imaginária , escultura de Charters de Almeida, o movimento da cidade é lento, para não dizer parado. É mesmo uma cidade imaginária , daquelas que se não existissem teriam de ser inventadas.
E as águas do Tejo lá estão , esperando que algo aconteça, desejando que a Cidade Imaginária se realize, se torne real.